Aceitarás o amor como eu o encaro?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada,só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza...A evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Mário de Andrade
( Dezembro de 1937 )
Sobre "Montevidéu", de Vila-Matas, na revista Sepé
-
Minha última resenha:
https://revistasepe.art.br/2023/12/14/montevideu-de-enrique-vila-matas/
Há 4 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário