Salvem as meninas da Ìndia

"Meninas são inferiores, são fardo,valem menos que um touro.Não merecem ser ouvidas, vistas ou respeitadas".Essas são algumas das alegações de cunho cultural e religioso que mantem, firme e forte, uma triste tradição na Ìndia:lançar-se mão de todos os recursos para garantir o nscimento preferencial de varões.Em especial, do chamado feticidio feminino-o abordo seletivo de meninas.
Se em tempos não tão distantes era frequente o infanticidio de bebês do sexo feminino, hoje a tecnologia disponibilizada pela ciência, em forma de ultra-sons, é potente auxiliar na seleção, possibilizando a realização de abortos tão logo se identifique uma futura mulher.
A ìndia está virando uma terra de homens.Era de se esperar que o aumento da discrepância entre os sexos acabasse por gerar descompensação em vários níveis.Sem mulheres disponiveis para metrimõnio, indianos apelam ao tráfico de meninas de países que fazem fronteira, como o paupérrimos Bangladesh e Nepal.Até no "comércio" a desvalorização da mulher é indiscutivel,valem menos que um touro.As criançãs e adolescentes podem passar para outro proprietário, quando consideradas pelos primeiros como "inúteis1 e "secas".Já em Rajasthan é tolerado que vários irmãos se casem com a mesma esposa,propiciando, lógico, altos indices de violência sexual.
Mudar uma crença milenar onde a mulher é considerada cidadã de segunda classe onde a única função é seguir os homens, feito cachorros e destituidas de seus direitos,não é uma tarefa fácil.Soma-se a isso o fato de que, de acordo com os hindus,filhos homens são essenciais em rituais de cremação,jamais sendo substituidos por filhas.
Para muitos observadores os lideres religiosos são por muitas práticas absurdas como a imolação das viúvas e de se pagar dotes aos noivos, que mesmo proibida vigora em muitas regiões.Cerca de 5.000 récem-casadas morrem quimadas por ano, porque seus maridos ou sogros se consideram insatisfeitos com o pagamento.
Todos os esforços contra a descriminação e o feticidio até agora aparentemente surtiram efeitos mínimos.E isso mesmo após o governo haver baixado, no inicio do século XXI, a lei proibindo rastreamneto do sexo da criança durante o pré-natal.A verdade é que há uma incapacidade federal em reverter tamanha calamidade.